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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Risco para os motoristas na estrada recém-contruída



Parte da pista recém-construída da BR-364/BR-163, na região da Serra da Caixa Furada, localizada no município de Nobres, distante 151 km de Cuiabá, apresentou rachaduras e começou a ceder por instabilidade do terreno, no ínicio desta semana. O buraco que abriu na estrada tem quase dois metros de profundidade, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o que tem gerado riscos aos motoristas que trafegam na região.

O trecho da rodovia está sendo duplicado, porém, a obra ainda não foi finalizada. O trânsito no local já havia sido liberado há 40 dias, quando as rachaduras começaram a aparecer. Por conta disso, a empreiteira responsável pela obra interditou parte da estrada e os veículos estão transitando em meia pista.


A Serra da Caixa Furada possui 9 km de extensão e está localizada entre o município de Nobres e o Posto Gil, no Km 580 da BR-163. A duplicação da serra está dentro do escopo de trabalho das obras no trecho 45 km da BR 364, que liga Rosário Oeste a Diamantino. A obra, que foi licitada em 2010 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a um custo total de R$ 227 milhões, deveria ter ficado pronta no primeiro semestre deste ano.

O superintendente regional do Dnit, Luiz Antônio Garcia, afirma que o problema começou há quase dois meses. De acordo com ele, o trecho já era comprometido por conta da natureza e do tipo do solo que envolve as duas pistas. "O problema ocorre numa encosta, onde há alguns meses a pista rachou e cedeu, bem no final do período de chuvas, em maio", pontuou.

Conforme o superintendente, já foram feitos estudos geotécnicos e geológicos nessa região para uma possível recuperação e aplicação correta do asfalto. “O local foi isolado e está sendo monitorado. Nos próximos 15 ou 20 dias, teremos a recuperação do trecho”, completa. Segundo Garcia, a duplicação dos 45 km do trecho da BR 364 deve ficar pronta até o fim deste ano.

Fluxo
A BR 364 é a principal ligação do norte de Mato Grosso com o Pará e por ela passam cerca de 13 mil veículos por dia, segundo a PRF, sendo 80% caminhões e carretas, que transportam grãos, adubos, sementes e agrotóxicos. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) alerta para os prejuízos com possíveis interdições no local neste momento de escoamento da safra de milho.

O produtor rural e delegado da Aprosoja em Nova Mutum, Alessandro Uggeri reforça que, em condições normais, as rodovias já apresentam problemas. Uma interdição, porém, implicaria em maior custo para o produtor, que pode chegar ao consumidor final.

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